Legalização da prostituição: Não uma questão de moral! Antes uma questão de Direitos Humanos!

A noite chegou e com ela a hora de, paulatinamente, descansar a minha cabeça sobre a almofada. Falo de mim e de quantas mulheres são detentoras desta mesma sorte.
Contudo, hoje, nesta noite serena, achei que era meu dever partilhar um minuto do meu precioso tempo com aquelas mulheres que, no preciso momento em que escrevo, se prostituem. Não me interessa julgamentos, não lanço os dados com preconceitos, não jogo xadrez com elas. Dou-lhes as minhas palavras e lanço um repto a quantos estas linhas lerem. Não fechem os olhos, não virem a cara, não lancem sobre a vossa própria visão talas. Vejam e façam algo!
Neste minuto um número, que não sei quantificar, de mulheres é vítima de exploração sexual! Não vou condená-las. Não é essa a nossa função enquanto comunidade. Porque comunidade é ter algo em comum. E eu tenho muito mais em comum com essas mulheres do que aquilo que aparentemente se podia projectar na sombra da minha visão. Acredito que um sem número de medidas poderíam ser tomadas: tudo partiría da legalização da prostituição. Afastando medos do quanto trabalho legal isso traría aos nossos juristas, eliminando masmorras societais, despejando os bolsos de quem, à custa do trabalho sexual de quantas e quantas mulheres, arrota do fundo da poltrona que por detrás tem inscrita a palavra " chulo".
Mulheres! quando passarem numa qualquer estrada lembrem-se antes de mais que essa mulher que já estão a julgar pelos serviços a que tantas vezes se vêm obrigadas a dar, sem quaisquer segurança ou higiene, são, tal como vos, mulheres!
Jovens alertem aqueles que se acomodam!
NÃO É UMA QUESTÃO DE MORAL!
É UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS!

Ana Palma Js Coruche